Aprovada no Senado Federal, as novas datas das eleições municipais 2020, alteradas por conta da pandemia do coronavírus, ainda não são consenso entre os deputados paraibanos, que têm divergido quanto a necessidade de se adiar o pleito por alguns dias. Enquanto o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) se posiciona favorável ao entendimento do Senado, os deputados Julian Lemos (PSL) e Hugo Motta (PRB), que é médico, tem outro entendimento, ao defender a manutenção do pleito para 04 de outubro, caso não seja possível adotar a tese de unificação de eleições.
Para Ruy, o que deve prevalecer como prioridade é a preservação da vida, e foi essa a motivação do parlamento ao postergar as eleições. Ele acredita que a nova data não prejudicará o calendário eleitoral, que terá o mês de dezembro para diplomação, e de janeiro para posse.
“A nossa leitura é que a prioridade é a vida das pessoas. Tem muita lógica você atrasar um pouco a data do pleito, porque em vários lugares do Brasil ainda estamos vivendo esse clima de pandemia, então eu acho uma data ponderada que está se falando aí, que é novembro, até porque tem o mês de dezembro para entrega da prestação de contas, para diplomação, e montagem do secretariado. Então acho uma data ponderada e acho lógico a eleição atrasar um pouco em virtude dessa pandemia que vivemos”, ressaltou o tucano.
Já o posicionamento do deputado Hugo Motta atende a dois extremos. Para ele, a unificação das eleições com a prorrogação dos atuais mandatos até 2022 é a melhor solução. No entanto, caso não seja possível essa tese, a manutenção do pleito em outubro, atendendo às medidas sanitárias, com o dia da eleição com horário estendido para que o grupo de risco possa votar.
“Nós vamos defender, quando essa matéria chegar a Câmara dos Deputados, que esse adiamento não seja feito por 30 ou 40 dias, mas sim por dois anos, para que tenhamos em 2022 a possibilidade de ter a coincidência das eleições, uma medida benéfica par ao país, que economiza dinheiro público e protege nesse momento a nossa população. Mas, não havendo essa possibilidade de adiar as eleições, vamos defender que a data seja mantida, que as eleições sejam realizadas em outrubro conforme está previsto na CF, com as devidas medidas de segurança e e o dia de eleição mais longo, com horário específico para que as pessoas da faixa de risco possam votar, e com isso teremos a escolha dos próximos prefeitos e vereadores”, defendeu.
O deputado federal paraibano Julian Lemos também se mostrou contrário ao adiamento. Durante entrevista à rádio Correio FM,, nesta quinta-feira (25), o parlamentar defendeu a realização do pleito em outubro desse ano.
O parlamentar justificou declarando que 30 dias para mais ou para menos podem sequer alterar alguma coisa no quesito prevenção à saúde, mas é uma eternidade para aqueles que colocaram seu nome na disputa e principalmente para estender o prazo para os que estão no poder
“Por mim eu ficaria em outubro, da mesma forma. Trinta dias a mais ou a menos é uma eternidade para aqueles que estão buscando colocar seu nome na disputa e mais tempo ainda para queles que estão no poder” declarou.
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