• sábado, 20 de abril de 2024

Aprovada no Senado Federal, as novas datas das eleições municipais 2020, alteradas por conta da pandemia do coronavírus, ainda não são consenso entre os deputados paraibanos, que têm divergido quanto a necessidade de se adiar o pleito por alguns dias. Enquanto o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB) se posiciona favorável ao entendimento do Senado, os deputados Julian Lemos (PSL) e Hugo Motta (PRB), que é médico, tem outro entendimento, ao defender a manutenção do pleito para 04 de outubro, caso não seja possível adotar a tese de unificação de eleições.

Para Ruy, o que deve prevalecer como prioridade é a preservação da vida, e foi essa a motivação do parlamento ao postergar as eleições. Ele acredita que a nova data não prejudicará o calendário eleitoral, que terá o mês de dezembro para diplomação, e de janeiro para posse.

“A nossa leitura é que a prioridade é a vida das pessoas. Tem muita lógica você atrasar um pouco a data do pleito, porque em vários lugares do Brasil ainda estamos vivendo esse clima de pandemia, então eu acho uma data ponderada que está se falando aí, que é novembro, até porque tem o mês de dezembro para entrega da prestação de contas, para diplomação, e montagem do secretariado. Então acho uma data ponderada e acho lógico a eleição atrasar um pouco em virtude dessa pandemia que vivemos”, ressaltou o tucano.

Já o posicionamento do deputado Hugo Motta atende a dois extremos. Para ele, a unificação das eleições com a prorrogação dos atuais mandatos até 2022 é a melhor solução. No entanto, caso não seja possível essa tese, a manutenção do pleito em outubro, atendendo às medidas sanitárias, com o dia da eleição com horário estendido para que o grupo de risco possa votar.

“Nós vamos defender, quando essa matéria chegar a Câmara dos Deputados, que esse adiamento não seja feito por 30 ou 40 dias, mas sim por dois anos, para que tenhamos em 2022 a possibilidade de ter a coincidência das eleições, uma medida benéfica par ao país, que economiza dinheiro público e protege nesse momento a nossa população. Mas, não havendo essa possibilidade de adiar as eleições, vamos defender que a data seja mantida, que as eleições sejam realizadas em outrubro conforme está previsto na CF, com as devidas medidas de segurança e e o dia de eleição mais longo, com horário específico para que as pessoas da faixa de risco possam votar, e com isso teremos a escolha dos próximos prefeitos e vereadores”, defendeu.

O deputado federal paraibano Julian Lemos também se mostrou contrário ao adiamento. Durante entrevista à rádio Correio FM,, nesta quinta-feira (25), o parlamentar defendeu a realização do pleito em outubro desse ano.

O parlamentar justificou declarando que 30 dias para mais ou para menos podem sequer alterar alguma coisa no quesito prevenção à saúde, mas é uma eternidade para aqueles que colocaram seu nome na disputa e principalmente para estender o prazo para os que estão no poder

“Por mim eu ficaria em outubro, da mesma forma. Trinta dias a mais ou a menos é uma eternidade para aqueles que estão buscando colocar seu nome na disputa e mais tempo ainda para queles que estão no poder” declarou.

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