• sexta-feira, 19 de abril de 2024

A produção artesanal feita no município de Conde ganhará um equipamento de fomento ao artesanato com a retomada das obras do Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Gurugi (Mercado de Gurugi), em aproximadamente 150 dias. A Ordem de Serviço (OS) foi assinada, na manhã desta terça-feira (30), pela prefeita Márcia Lucena. A obra está orçada em R$ 321.023,84, originárias de recursos próprios da prefeitura.

A prefeita Márcia Lucena enfatizou a importância desse equipamento para o fortalecimento das atividades locais, do turismo, da atividade produtiva e da memória. “É muito significante autorizar uma obra como a do Centro de Comercialização porque esse equipamento vai possibilitar um espaço para que os artistas possam dispor seus produtos, com um olhar especial à produção das mulheres artesãs. Ter esse espaço para a comercialização resulta em fortalecer as práticas do artesanato nessas localidades e de disseminar a identidade do povo de Conde e suas artes”, disse.

A coordenadora do Programa Municipal de Economia Criativa – Casulo, Vanessa Mekdec, ressaltou que, inicialmente, serão atendidos oito artesãos e artesãs porque é preciso respeitar o projeto arquitetônico que já estava pronto. No entanto, ela destacou que estão sendo estudadas alternativas para contemplar práticas da Economia Solidária e Economia Colaborativa. “Vamos nos valer do Inventário Cultural para identificar práticas que podem ser incluídas de alguma forma nesse espaço e dar visibilidade à cultura local, principalmente, as de Ipiranga e Gurugi, com uma atenção especial às mulheres produtoras”, disse.

Após a inauguração, o Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Gurugi (Mercado de Gurugi) deve funcionar aos finais de semana para atender aos turistas que visitam a cidade de Conde, que chega a receber em média 8 mil veículos aos sábados e outros 10 mil aos domingos de períodos normais. Segundo Vanessa Mekdec. “O mercado vai ter vida nos finais de semana, inclusive, porque vai favorecer o próprio turismo de base comunitária. Isso possibilita que os turistas criem laços com a história da cidade. Se por um lado ganha-se com o desenvolvimento sustável na parte cultural se conquista autonomia na economia dessas pessoas envolvidas com a produção local”, afirmou.

Pluralidade cultural – O Mercado de Gurugi tem forte potencial como espaço de comercialização devido à pluralidade cultural dos itens que serão expostos à venda, bem como por representar um ponto de visitação e interação entre turistas e moradores dessas regiões.

A resistência e diversidade cultural das comunidades Gurugi e Ipiranga serão conhecidas pelas peças e pela forma como são produzidas, a exemplo dos pães artesanais feitos à base de raízes plantadas no Gurugi; o óleo de coco feito pela grupo de mulheres dos caminhos do rio; as biojoias produzidas por mulheres do Novo Quilombo; além de artes em barro, balaios e cestos em cipó; a produção em cerâmica, adornos e pinturas das duas aldeias indígenas (Aldeia e Vitória), em Barra de Gramame. “O Mercado de Gurugi está muito ligado ao desenvolvimento sustentável e a partir do momento que a gestão pública valoriza esse saber a gente faz com que esses valores não morram por serem valorosos para a comunidade e os jovens passam a perpetuar esses conhecimentos”, pontuou Vanessa Mekdec.

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