• quarta-feira, 24 de abril de 2024

O deputado federal Julian Lemos reforçou, durante entrevista nesta sexta-feira (19), que o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) é sim uma via que pode se tornar viável para a disputa presidencial em 2022 diante das duas opções (Lula x Bolsonaro) que estão postas.

Para o parlamentar, nem Lula nem Bolsonaro representam alternativas para o país, visto que, se um deles ganhar, o clima de acirramento permanecerá.

“Pela minha própria linha política que sigo, eu acredito nas instituições, eu sou um entusiasta que a justiça aconteça. Moro, para mim, assim como foi em 2018, ele segue uma linha mais próxima daquilo que eu acredito em termos de mudança para o país. Moro, na minha forma de ver, é uma via, porque as duas que estão postas hoje não conseguem apascentar esse país. Qualquer um dos lados que venha a ganhar será um revanchismo que o Brasil não aguenta mais”, disse.

Segundo Lemos, ele pode falar do atual governo com propriedade, porque atuou na campanha e viu de perto que promessas não foram cumpridas e que aliados foram abandonados. “Se tem alguém que pode fazer alguma crítica ao governo sou eu, porque ajudo e pago o preço de ser retaliado. É um governo hoje que não tem agenda, é um governo que parece que não sabe para que caminho está indo, vive de frases de efeitos”, ressaltou.

E fez uma reflexão: O que mudou de lá para cá? Bolsonaro foi eleito em cima da segurança pública, mas a preço de hoje é o pior presidente para Segurança Pública da história. Então eu pergunto, eu tenho obrigação a seguir quem muda discurso ou não cumpre com sua palavra?

Julian lamentou o fato de a gestão Bolsonaro adotar políticas que visem apenas o acirramento e o tensioanamento, seja com entes federados, com justiça ou com partidos. “É um governo que tem suas políticas voltadas só para acirramento. É tensionamento de todos os lados. É uma pessoa que não sabe equilibrar suas relações políticas e muito menos pessoais. Eu não votei nesse Bolsonaro que está no poder, eu votei no de 2018. Eu não posso concordar, por exemplo, que se coloque um sigilo de 100 anos para um cartão corporativo. Qual a intenção disso? Por isso repito, eu não mudei, pelo contrário, eu evoluí. Mas não posso concordar com esse modelo que está aí”, emendou.
Diante do atual cenário, o parlamentar se disse convicto de seus posicionamentos, que suas ideias são as mesmas e que pode vir a apoiar Sergio Moro.

“Ele é uma pessoa que me agrada muito. Tem dado entrevistas equilibradas, respondendo a perguntas mais complexas possíveis e está colocando o seu nome no processo democrático e acho que isso fortalece a democracia”, disse.

Lemos avalia que o país não pode girar em cima de uma polarização achando que Lula foi o melhor presidente de todos os tempos e que Bolsonaro é um mito e que não existe outra alternativa se não for o atual presidente.

“Temos que olhar o Brasil com uma visão global e ele está mal internamente e externamente. É um quadro de vexame. Eu particularmente não quero isso para mim, para minha família, para o Brasil e vamos trabalhar como fiz da outra vez, para que possamos alternar o poder e ter uma nova oportunidade de recomeço”, avaliou.

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