• sexta-feira, 26 de abril de 2024

Em meio à implantação da CPI da Rachadinha e dos funcionários fantasmas que visa apurar denúncias contra a gestão municipal, o prefeito novato da cidade de Sapé, major Sidnei Paiva, decidiu anular as dotações orçamentária previstas para o SAMU, o Hospital Sá Andrade, saúde e educação para suplementar a folha de pagamento dos contratados.

O novo pedido de suplementação será apreciado hoje, quinta-feira (25), pela Câmara Municipal da cidade. Esse é o segundo pedido de suplementação que a prefeitura faz em menos de três meses. O último foi realizado em setembro desse ano e resultou em uma grande confusão e em um acordo com o Ministério Público que estipulou apenas 10% do solicitado pela gestão à época.

Ao que tudo indica, hoje o prefeito Sidnei quer fazer uma espécie de teste de fidelidade com sua base para saber se realmente pode contar com quem diz estar com ele. Na peça que será apreciada hoje está especificado que as rubricas farão anulações e suplementações, o que é traduzido pela oposição como um ‘cheque em branco’ para o gestor.

Na última suplementação, a engenharia feita pela atual gestão anulava custeios com merenda escolar, saúde e serviços essenciais e os remanejava para custeio de folha e previdência social de um exército de contratados sem concurso público que já custou aos cofres da prefeitura mais de R$ 9,6 milhões em nove meses de administração.

É justamente esse inchaço de contratados que deve ser investigado pela CPI da Rachadinha na Casa sob suspeita de funcionários fantasmas que fazem o rateio dos salários recebidos sem prestar nenhum serviço ao município.

Enquanto isso, o CRM denuncia a falta de medicamentos na cidade e materiais essenciais para atendimento ao público.
A suplementação apreciada hoje será de aproximadamente R$ 27 milhões.

Para o presidente da UGT, Romero Baunilha, o Ministério Público da Paraíba deve, mais uma vez ficar atento, porque enquanto deixa hospitais sem remédio e escolas sem merenda, o prefeito vem realizando eventos com bandas caras para os cofres públicos, em Praça Pública, em plena pandemia, e agora vai mais uma vez pedir suplementação orçamentária ao parlamento sem especificar de onde sairá os recursos e onde os mesmos serão investidos.

“É urgente que as autoridades, o Ministério Público, fique atento a esse tipo de prática, porque enquanto o CRM constata remédios, enquanto crianças estão sem merenda, a folha de pagamento da prefeitura incha e os festejos no meio da rua, com bandas caras são contratadas pela gestão municipal. Um prefeito deve elencar as prioridades da população e não fazer a política do pão e circo”, alertou Baunilha.

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