• segunda-feira, 13 de maio de 2024

A Justiça argentina concedeu autorização de extradição a um ex-funcionário não identificado da Braiscompany, empresa de criptoativos investigada por um esquema de golpe financeiro que movimentou R$ 2 bilhões ao longo de quatro anos. O homem foi detido em Puerto Iguazú, próximo a Foz do Iguaçu, Paraná, em junho deste ano, durante a Operação Halving, conduzida pela Polícia Federal brasileira.

O suspeito, apontado como operador financeiro do esquema, teria captado e desviado mais de R$ 4 milhões, desempenhando o papel de broker e intermediando operações comerciais da empresa. Sua participação ativa no esquema era evidenciada por sua presença em vídeos divulgados no canal do YouTube da Braiscompany. A decisão de extraditar o indivíduo foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo Ministério Público Fiscal (MPF) da Argentina.

Os outros dois ex-funcionários detidos durante a mesma operação em junho permanecem sob custódia em Eldorado, aguardando uma decisão sobre a extradição. Enquanto isso, os sócios da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, continuam foragidos.

A Operação Halving, deflagrada em fevereiro de 2023, investigou crimes contra o mercado financeiro e lavagem de dinheiro relacionados à Braiscompany. A empresa oferecia rendimentos de até 15% ao mês para investidores em criptoativos, sem a devida autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar.

O processo de extradição do suspeito seguiu os trâmites da Lei 24.767, de Cooperação Internacional em Matéria Penal, e do Tratado de Extradição entre Brasil e Argentina. As autoridades argentinas concluíram que os crimes pelos quais ele é acusado são passíveis de pena de prisão superior a dois anos, tanto no Brasil quanto na Argentina. O acordo de extradição foi assinado pelo juiz titular do Juizado Federal de Eldorado, Miguel Ángel Guerrero.”

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