• terça-feira, 7 de maio de 2024

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro, composta por 16 deputados e 16 senadores e criada para investigar os atos que resultaram na depredação dos edifícios-sede dos Três Poderes no início do ano, recebeu nessa terça-feira (29) o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira.

O intuito é que vieira pudesse dar detalhes sobre o ocorrido e ser questionado pelos parlamentares acerca dos atos, porém, um habeas corpus concedido pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, ao ex-comandante, garantiu a ele o direito de ficar em silêncio durante depoimento.

Um dos integrantes da referida comissão, o deputado federal Gervásio Maia, lamentou o silêncio de Vieira e frisou que agindo desta forma, o ex-comandante mostra que não esteve ao lado da Democracia na ocasião e que teria por omissão patrocinado os atos.

“O silêncio dele é a maior prova de que ele sabia de tudo. Mas ele não tem o que dizer. E alguém que tem a experiência de 30 anos de corporação, se estivesse ao lado do Brasil e da democracia, daria um show de fala aqui. O silêncio dele é uma estratégia de não contribuir naquilo que ele patrocinou deliberadamente” frisou.

Sem citar nomes, Gervásio ainda foi além e falou de um ex-juiz, a quem tachou de parcial, que teria atribuido a responsabilidade do que aconteceu em Brasília do dia 8 de janeiro à Força Nacional.

Não foi preciso que ele citasse o nome para que houvesse o entendimento de que se tratava de Sérgio Moro.

“E aí vem o discurso de um ex-juiz parcial que, por presunção, mudou o jogo político na eleição de 2018 e de repente foi premiado com cargo de ministro da Justiça, vem aqui na sua histórica parcialidade querer atribuir a responsabilidade à Força Nacional. A corporação, os integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, merecem todas as nossas homenagens, são integrantes preparados, que seguem o comando dos seus superiores, mas não havia determinação superior, não havia comando” afirmou.

Por fim o parlamentar paraibano pede que o ex-comandante Vieira seja punido com os rigores da lei por ter contribuído de uma forma ou de outra para o ocorrido.

“O senhor sabia de tudo, o senhor participou do golpe e o senhor vai ter que responder por isso. E o seu silêncio contribui significativamente para termos a certeza absoluta de que o senhor é mais um deles. E agora o senhor tem que perder a farda, o senhor tem que ser colocado para fora da Polícia Militar, o senhor tem que ser expulso, o senhor não merece estar na corporação. O senhor e outros precisam ser banidos de responder com todo o rigor da lei” concluiu.

Confira:

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