Fogo Amigo? Walber detona postura ‘agachada e de subserviência’ adotada por Nilvan Ferreira e condiciona manutenção de apoio em Santa Rita

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (13), o deputado estadual Walber Virgolino (PL) fez críticas contundentes às declarações recentes do pré-candidato à prefeitura de Santa Rita, Nilvan Ferreira (Republicanos). O parlamentar expressou preocupação com a postura adotada por Ferreira, especialmente em relação ao presidente Jair Bolsonaro e às possíveis alianças políticas que o pré-candidato tem considerado.

Ao comentar o comportamento de Nilvan Ferreira durante um evento, Virgolino descreveu-o como “agachado e subserviente”, demonstrando sua inquietação diante das atitudes do político republicano. O deputado afirmou: “Ele tem toda razão de dizer que não gosta de Wellington Roberto, de não gostar das posições do PL na Paraíba, mas ele não pode alegar e dizer que foi abandonado por Bolsonaro. Bolsonaro estendeu o braço a Nilvan quando ele mais precisou.”

Virgolino enfatizou o apoio que Bolsonaro ofereceu a Nilvan Ferreira durante sua candidatura ao governo da Paraíba, destacando que o presidente foi crucial ao conceder a legenda para a disputa eleitoral. O deputado recordou momentos em que Bolsonaro publicamente endossou a candidatura de Ferreira, ressaltando a importância desse respaldo político.

Apesar de reconhecer Nilvan Ferreira como uma “grande pessoa” e expressar sua estima por ele, Virgolino alertou para os equívocos que, segundo ele, Ferreira tem cometido e que podem prejudicar sua campanha política. O deputado ressaltou a necessidade de coesão dentro do grupo conservador na Paraíba e destacou que alianças políticas com adversários históricos não seriam benéficas para o conservadorismo no estado.

Questionado sobre a manutenção de seu apoio a Nilvan Ferreira na corrida pela prefeitura de Santa Rita, Walber Virgolino condicionou esse apoio à não realização de alianças com adversários de Bolsonaro e do grupo conservador na Paraíba. Ele enfatizou que qualquer movimento nesse sentido seria interpretado como um acordo político prejudicial à coesão do conservadorismo na região.

O deputado argumentou que, como candidato, Ferreira não deveria se comprometer com parcerias políticas antes de ocupar o cargo de prefeito e que a busca por apoio de figuras políticas contrárias ao grupo conservador representaria uma quebra de discurso e coerência por parte do pré-candidato republicano.

“Esse apoio está mantido desde que ele não se alie a adversários de Bolsonaro, a adversários do grupo conversador na Paraíba. Ele não pode alegar que vai se aproximar de Lula e de João porque Santa Rita precisa de uma UPA, por exemplo, até porque ele ainda não é prefeito, ele e candidato. Ninguém faz parcerias sem ocupar o cargo. Hoje qualquer tipo de movimento que se aproxime de João,de Cìcero e de Lula não é parceria, é acordo político e isso é ruim para o conservadorismo. Ele quebra o discurso dele, quebra a coerência e ele perde com isso. A Paraíba precisa que o grupo conservador esteja unido contra as pessoas que botam o estado para baixo. Nilvan batia em Cícero e em João, e perdeu pra eles. Esqueceu o passado? Ontem ele chamou Galdino e Hugo de companheiros. A gente não pode se aliar a adversários históricos meu, dele, do cabo e do grupo conservador. Ele tem errado nisso e acho que ele perde voto em relação a isso”, pontuou.

Walber Virgolino também apontou para o histórico de Nilvan Ferreira, que anteriormente criticou figuras políticas como João e Cícero, e destacou que uma eventual aliança com eles representaria uma contradição em relação ao passado do pré-candidato. Ele ressaltou que Ferreira poderia perder votos ao se aliar a adversários históricos do grupo conservador na Paraíba.

Diante dessas declarações, fica evidente a tensão política entre os membros do grupo conservador na Paraíba e a necessidade de coesão interna para enfrentar o cenário político regional de forma unida e consistente.